Apoio para vencer o preconceito - reportagem do Correio Braziliense dia 17/04/2022

Se o diagnóstico do transtorno bipolar em qualquer fase da vida já é algo difícil, na infância, torna-se um desafio ainda maior. "Quanto mais precoce o quadro, mais complicado é o diagnóstico", garante o psiquiatra Leonardo Sodré, professor da UnB. Isso ocorre porque os sintomas que começam a aparecer na primeira fase da vida podem ser incertos e difíceis de categorizar. O psiquiatra cita como exemplo alguém que apresenta comportamentos como irritabilidade ou que lida de forma grandiosa com situações cotidianas. Ela pode ser interpretada como uma criança respondona, levada e não que têm um transtorno. O grande perigo é que seja prescrito um tratamento que agrave a doença e leve a crises precoces.


Viviane Vaz, engenheira civil, que tem o transtorno bipolar e escreveu um livro sobre o tema
(foto: Arquivo Pessoal)

Por isso, o papel da família é essencial para acompanhar os sinais desde o início. "A gente tem que poder primeiro trabalhar o estigma da doença mental", pontua Sodré. Ele alerta que é urgente acabar com o pensamento de que as pessoas que estão com algum sofrimento psíquico devem passar pelo processo sozinhas. "Isso atrapalha muito no tratamento", adverte. A família e os amigos devem ser uma rede de apoio presente e atenta, que compreenda a pessoa além das crises, para que a recuperação e o tratamento sejam o mais tranquilo possível.

A importância do apoio é reforçada pela engenheira civil Viviane Vaz, 41 anos, diagnosticada com o transtorno bipolar aos 20. Ela teve a primeira crise no período em que cursava a primeira graduação na UnB e precisou passar por uma internação e acompanhamentos psicológico e psiquiátrico. Alguns medicamentos tinham efeitos colaterais e demandavam adaptação, por isso, não conseguia manter o mesmo ritmo por um tempo. Dos parentes, sempre recebeu muito amor e compreensão, que ela descreve como essenciais. "Nos momentos difíceis, você não dá conta sozinho. Às vezes, eu não queria nem viver, fazer o básico. O suporte da minha família foi crucial".

Viviane conta que nas últimas duas décadas, desde o diagnóstico, conheceu muita gente que também tem o transtorno e percebe que "quanto maior o apoio da família do portador, mais rápido ele se recupera e menos recaídas tem". Além dos parentes próximos, como os pais e a irmã gêmea, a engenheira teve amparo de amigos e da melhor amiga, Zuleide, que nunca se afastou. Na direção oposta, relata ter ouvido comentários desmotivadores quando estava na faculdade.

No caso dos colegas, chegou a ouvir comentários que minimizavam e julgavam sua condição, eles não compreendiam que havia momentos em que não estava bem. Da parte dos professores, muitos não acreditavam que ela poderia se formar. Viviane conta que, em uma situação específica, chegou a contar para um professor que não tinha condições de fazer a prova do dia, pois a medicação a estava deixando "grogue" pela manhã. Quando questionada sobre o motivo do remédio, esclareceu que se tratava de transtorno bipolar, e o docente afirmou que ela não estava apta para fazer o curso de engenharia e recomendou que "fizesse pedagogia ou uma universidade particular".

Mesmo com o descrédito, ela não abandonou o curso. "Eu demorei oito anos, mas me formei, porque eu nunca desisti", lembra Viviane, que chegou a realizar quatro trancamentos gerais na faculdade por motivos de saúde. Seis anos após o diagnóstico, atingiu a estabilidade, fazendo terapia, seguindo todas as recomendações médicas e com um estilo de vida equilibrado, incluindo o sono em dia. Mas ela faz um alerta: "Quando a gente fica estável, não significa que não vai mais ter crises, mas que as nossas oscilações não estão mais no extremo. Não é uma linha de estabilidade, é como se fosse uma faixa de estabilidade", descreve.

Conhecimento

Desde o Orkut, Viviane tem contato com outras pessoas com o transtorno bipolar, compartilhando a experiência e se educando sobre o assunto. Desde o início das manifestações da doença, lê e pesquisa para compreender a própria condição e estar atenta a todas as novidades. Isso a levou a ter uma extensa bibliografia guardada e a motivou a escrever um livro com tudo que aprendeu no decorrer dos anos. Crise — Um Caminho para Luz foi lançado sua 1º edição em 2018 e contou com a colaboração de Vanessa, irmã gêmea de Viviane, que a auxiliou no processo de escrita.


2022. Crédito: Editora Autografia/Reprdoução. Revista. Transtorno bipolar. Livro "Um caminho para a Luz", das autoras Viviane e Vanessa de Carvalho Vaz.(foto: Editora Autografia/Reprdoução)

A engenheira conta que o livro é baseado na experiência e nos estudos dela, mas não é autobiográfico. Na obra, cita psiquiatras, psicólogos e artigos para embasar e trazer recomendações para ajudar quem teve um diagnóstico recente ou quem é familiar. "Ele fala sobre muitas coisas que eu aprendi com o transtorno bipolar, explico os termos e também estratégias que desenvolvi para ficar estável", assegura. Com isso, o objetivo era sintetizar o que aprendeu e ajudar pessoas, principalmente por sua vivência com grupos de apoio e respostas que teve após publicações de textos em blog e interagindo com seguidores no Instagram.

Além de compartilhar informações e estar disponível para quem precisar, é essencial que o ambiente familiar seja equilibrado e acompanhado. "É importante que essas gerações que estão vindo dessas famílias sejam mais protegidas, tanto de sobrecargas de traumas ou sobrecargas mentais, exigências demais, quanto também do uso de substâncias que podem prejudicar o desenvolvimento cerebral", afirma o psiquiatra Leonardo Sodré. Com isso, é possível diminuir as crises e potenciais danos ao cérebro, que vão prejudicando o paciente com o passar dos anos.

O termo que descreve esse efeito de seguidas crises no indivíduo é a neuroprogressão. Segundo Sodré, as seguidas crises sem tratamento são tóxicas para o sistema nervoso central. Para melhor ilustrar, ele compara com várias quedas de bicicleta: "Cada vez que você levanta, a bicicleta fica mais empenada". Isso indica que fica cada vez mais difícil controlar os picos dos polos e as crises passam a ser mais intensas.

Por isso, a importância de buscar o tratamento precoce e mantê-lo, evitando futuros prejuízos fisiopatológicos e visando manter qualidade de vida. No país, existem os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), mantidos pelo sistema público de saúde, que realizam atendimento a toda população.

Confira a reportagem completa no link: https://www.correiobraziliense.com.br/revista-do-correio/2022/04/5000994-a-vida-de-um-bipolar-o-estigma-o-diagnostico-e-a-importancia-do-apoio.html


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Livro: Crise um Caminho para a Luz

 





Livro: “Crise um Caminho para Luz “

 Sinopse do livro: Crise - Um Caminho Para a Luz nasceu da vivência da autora em estados mentais incomuns; onde tudo começou com uma crise de transtorno bipolar que destruiu seu “eu” e a fez ter que ressurgir das cinzas, por várias vezes, como uma fênix numa jornada complexa e obscura, mas que a levou à busca pela recuperação e estabilidade e com isso descobriu muito mais do que ela própria buscava...

 A partir das suas experienciais e de outros casos de sucesso, o livro trata de temas como: psicologia, crise, bipolaridade, cura, leis universais, psicose e espiritualidade. A obra mostra que a crise é uma oportunidade de mudança, um chamado para o crescimento pessoal e espiritual.

 O livro está mudando a vida de muita gente! Já recebi vários depoimentos!


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Como superar a bipolaridade?



Como superar a Bipolaridade com Anderson Pires.

Anderson Pires está estável há 20 anos, é professor de yoga e conta como conseguiu superar a bipolaridade. Também é escritor autor do Livro: "Bipolaridade - Sintomas - Convivência - Equilíbrio'




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Depoimento: dicas para equilibrar o Humor sem medicação


Olá, meu nome é Edvaldo, e sou bipolar há 7 anos.

Quero compartilhar com quem tem este problema e que sofre com variação absurda de humor, como eu controlo meu humor através de técnicas simples que aprendi via internet e de minhas experiências com alimentação.

Pois bem, a primeira dica e mais importante: beba e coma frutas e verduras que contém grande quantidade de antioxidantes naturais. Em 2018 eu iniciei tomar o Depakene no lugar do lítio que estava me fazendo muito mal, às vezes me dava diarreia incontrolável, pedi meu médico para trocar o medicamento e ele assim fez.

Então comecei a tomar Depakene em março/2018 e até julho do mesmo ano eu sentia muito bem e estável, nada de mais acontecia (referente a efeitos colaterais). Até que meu cabelo começou a cair muito e eu passei notar uma dor no lado do corpo bem acima de onde fica o fígado. Corri pesquisar na internet e li a bula do depakene. Inferi que só podia ser ele que estava causando isso, e na bula dizia que esses eram sintomas causados por ele.

Usei depakene até 20/agosto quando numa memória que me veio do tempo de criança, lembrei que minha mãe sempre tomava suco de beterraba quando estava muito fraca. Lembrei que quando eu tomava também, mesmo sem estar fraco ou doente, eu sentia um alívio muito grande na cabeça, como se tivesse descansado ali num instante. Sabe quando você tá com a cabeça pulsando tipo numa dor que vem de dentro? Era assim que eu sentia antes de tomar o suco. Depois que eu bebia, a cabeça sarava.

Uma vez vi no SBT que essa dor no cérebro é causada por oxidação, o cérebro fica “cansado” ou “enferrujado”. Voltando. Durante esse 20 de agosto eu estava pesquisando sobre o TAB e descobri que a ciência sabe que ele é o excesso de oxidação (estresse oxidativo) no cérebro. Foi aí que me surgiu um toque na cuca: e se eu tomar suco de beterraba? Será que é capaz de diminuir minha “oxidação”?

Com isso em mente pesquisei um pouco mais e achei uma notícia que falava do TAB e do açaí e seus efeitos na doença. Ver aqui: O impressionante efeito do açaí no transtorno bipolar - Blog da Lúcia Helena - UOL Bingo! Foi então que fiquei mais contente, porque naquele momento, isso indicava pra mim que o que faz o açaí ser tão potente no TAB é justamente pela grande quantidade de antioxidantes que ele contém, e na beterraba também há grande quantidade deles.
No dia seguinte comprei beterrabas e fiz o suco. A receita é simples: descacar uma beterraba (pequena, ou média ou grande, apenas uma serve). Bater no liquidificador com água que cubra a beterraba e coar e beber o suco (sem colocar açúcar).

Fiz isso e já no mesmo dia parei de tomar meu Depakene, tava confiante que ia funcionar. Então, fui anotando dia após dia se eu variava de humor. E todo dia tomando o suco de beterraba (um copo de 250 ml por dia).

Resultado, passou mais de 120 dias eu fazendo isso e nada de eu ter mania ou depressão em excesso. Sim, eu tive um pouco pra baixo, mas isso é devido meu esforço mental diário. Às vezes ficava um pouco triste, mas não passava disso.

NOTA: nesse período todo eu ainda tomo um remédio (o haldol), pois ele evita que eu surte. Já estabilizar o humor eu uso o suco da beterraba ou o açafrão (ver a dica a seguir).
Dica 2: usar 1 grama de açafrão na água ou leite todo dia. Depois de tomar suco de beterraba todo dia por 120 dias e não ter nem um pingo de mania, mas tendo um pouco de tristeza pelo menos uma vez no mês (não era depressão que fique claro). Eu descobri outra forma de controlar o humor: açafrão (cúrcuma).

Açafrão é um tempero originário da Índia. É uma planta muito estudada pela ciência. Até descobri uns estudos aqui: Is there a role for curcumin in the treatment of bipolar disorder? - ScienceDirect Sobre os efeitos da curcimina (substancia principal do açafrão) no TAB.

Foi aí que decidi arriscar de novo e ver se essa curcumina do açafrão 9que é um antioxidante) também funciona contra o TAB. Em janeiro/2019 iniciei beber água com um pouco de açafrão: receita simples também, pegue uma colher de chá pequena e coloque meia colherzinha de açafrão dentro de água ou leite, misture e beba todo dia sem falta. Não pode tomar muito açafrão porque pode causar certos efeitos indesejados como coceira pelo corpo.

Resultado: estou há quase um ano fazendo isso e não sinto nem mania, mais ainda sinto um pouco de tristeza, que não é depressão por assim dizer.

NOTA2: se você quer fazer o mesmo não pare de tomar os remédios sem perguntar para o médico.
Estou muito bem com essa doença tomando somente haldol pra evitar surtar, porque não tenho certeza se o suco de beterraba ou o açafrão possa impedir de surtar. Porém, não tive mais nenhum episódio que indicasse que eu fosse surtar. Aquela sensação ruim na cabeça de antes de surtar, isso não acontece comigo desde 20/agosto/2018.

Todo dia eu tomo açafrão na água ou leite, e raramente eu esqueço algum dia. Trato ele como meu remédio, algo que funciona de verdade e que não é apenas um “pega meu dinheiro” vendido em farmácias.

Por que funciona? -Porque o estresse oxidativo (que causa a bipolaridade) é bastante diminuida pelo alto consumo de antioxidantes do suco de beterraba e do açafrão. Para mais informações: [link de um estudo brasileiro sobre uso de antioxidantes no TAB]: http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=106134 [pdf sobre estresse oxidativo e TAB}: http://livros01.livrosgratis.com.br/cp126287.pdf

Espero que recebam este depoimento com esperança, porque só quem experimenta esta doença é que sabe como é ruim.

Ah, e por fim, gostaria de dizer que estas dicas também funcionam com quem tem TOC. Segundo eu vi uma pessoa que faz dieta com foco em antioxidantes.



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Como lidar com a Depressão


Lidar com a depressão não é uma tarefa fácil, pois você fica desanimado de tudo.

Às vezes, coisas simples que você estava acostumado a fazer, como arrumar sua cama, lavar uma louça, levantar da cama, se transformam em tarefas muito difíceis. E que, se você puder, deixa tudo para depois.

Sem contar que existem vários níveis de depressão. A mais leve, que é mais um desânimo, a intermediária e também a mais profunda.

Mas é claro que a doença não se instala de um dia para noite. Ela vem vindo e, quando você vê, se dá conta que está desanimado e não tem vontade de fazer as coisas.

Mas, como saber se eu estou realmente depressivo?

Numa depressão, o desânimo e a tristeza permanecem por vários dias (uma semana ou mais) além de apresentar outros sintomas, como dificuldade para dormir ou dormir em excesso, e ser um estado que esteja realmente atrapalhando a sua vida.

Como assim atrapalhando?

Um estágio que chegou ao ponto onde você já não consegue ir para o trabalho ou estudar, por exemplo. Aí sim, você provavelmente estará na fase depressiva, devendo imediatamente procurar um médico.

Se eu não posso tirar licença do meu trabalho, tendo que trabalhar mesmo depressiva, ou tenho filhos e tenho que dar conta das tarefas de casa mesmo depressiva, o que eu faço?

Bem, se você tem tarefas das quais não consegue se afastar ou delegar a outra pessoa, a solução é diminuir o ritmo.

Talvez você não consiga ser aquela funcionária (ou a mãe que fazia mil coisas ao mesmo tempo) de antes, quando ainda não estava no estado depressivo. Mas, se diminuir as tarefas, vai ficar mais fácil de realizá-las.

Lembre-se, você tem que respeitar os seus próprios limites. E é importante que valorize suas pequenas vitórias. 

Por fim, não se esqueça que para cuidar do outro, primeiro você tem que estar bem

Deixe o que não for necessário para trás, pois sua saúde tem que estar em primeiro lugar.








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Lançamento do Livro: Crise um caminho para a Luz


Quero agradecer a presença de todos os amigos e familiares que estiveram presente no lançamento do meu livro e da Vanessa - Crise um Caminho para a Luz. E agradecer ao apoio do APTA (Núcleo de Mutuo ajuda às pessoas com transtornos afetivos do DF) por ter me cedido o espeço da UNB e me apoiado no lançamento do meu livro. Gratidão a todos vocês!!  Viviane Vaz
                                                               








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Lançamento do Livro: Crise - um caminho para a Luz

Convido a Todos para o lançamento do meu livro e da Vanessa!
Será no dia: 18 de agosto às 17:00 hs
Local: Faculdade de Medicina UNB, auditório 02.



Sinopse: 
Crise - Um Caminho Para a Luz: nasceu da vivência da autora em estados mentais incomuns; onde tudo começou com uma crise de transtorno bipolar que destruiu seu “eu” e a fez ter que ressurgir das cinzas, por várias vezes, como uma fênix numa jornada complexa e obscura, mas que a levou à busca pela recuperação e estabilidade e com isso descobriu muito mais do que ela própria buscava...
A partir das suas experiências e de outros casos de sucesso, o livro trata de temas como: psicologia, crise, bipolaridade, cura, leis universais, psicose e espiritualidade. A obra mostra que a crise é uma oportunidade de mudança, um chamado para o crescimento pessoal e espiritual.




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