Psicose e mendigos

Qualquer pessoa de diferentes classes social pode ter psicose. A psicose pode ser induzida (por drogas) ou espontânea ( sem indução). Mas, ambas manifestações foram desencadeadas por fatores que a pessoa estava vivendo em sua vida. Geralmente fatores do meio externo influenciam muito, o momento geopolítico que a cidade ou o país ta vivendo influência também.

Por exemplo, em países como Israel tem muitas festas religiosas, nessas épocas de festa tem mais episódios de surto psicótico, prevendo isso, pois lá eles já têm um estudo que indicam esse aumento de crises nos períodos de festas, por isso o governo nessas épocas de festas tem convênios com clinicas e subsidia o tratamento de pessoas que tem crise nessa época, ate para turistas estrangeiros eles subsidiam o tratamento.

Na bipolaridade apenas o bipolar tipo 1 apresenta episódios psicóticos, geralmente vem em forma de surto psicótico.Mas, a psicose se manifesta também em vários outros transtornos, como esquizofrenia, esquisoafetivo e também pode ate se manifestar por um único episódio. Embora seja mais comum a pessoa ter vários.

O surto é uma “quebra da realidade”, a pessoa não sai fora da realidade, mais vive intensamente a realidade de várias formas, pois ela capta sinais de todos os tipos. É como se fosse uma antena, um para raio, a pessoa capta tanta coisa, que para digerir essas informações e adequá-las na realidade é complicado, se esse fluxo for intenso. O excesso de pensamento, a agitação, a falta de sono, geralmente contribuem para os lapsos da mente e para falta de discernimento na hora de descodificas as informações, induzindo muitas das vezes a interpretações “errada”, não diria totalmente errada, mas um pouco distorcida da realidade coletiva. Tal realidade que as pessoas consideram mais real, pois a maioria compartilha dela.

Quanto mais tivermos vivendo a crise sem ganchos com a realidade, pior é o surto e mais durador.

Se uma pessoa tiver em casa e tiver um surto, a família, as pessoas do trabalho, vão ser um gancho para puxar a pessoa para o mundo real e com isso “atrapalhar” o desenvolvimento ou a duração do surto. Mas, se a pessoa morar sozinha, ou pior na rua, os mendigos, por exemplo, quando estão em surto vivem mais tempo o surto, pois além de não ter laços que puxe ele para realidade, o mundo em volta, o excesso de informações, de propagandas, a correria de uma cidade grande, todo isso gera mais sinais que contribuem para a pessoa continuar mais tempo em surto. É como se o mendigo pudesse viver plenamente o surto, pois só tem ele e o mundo a sua volta.

Uma pesquisa na Folha de São Paulo diz que mais de 80% dos mendigos que vivem na rua sofrem de psicose. E, como eles não se tratam eles ficam por muito tempo vivendo com psicoses, não é a toa que a maioria deles tem algum tipo de transtorno.

Viver em psicose é viver da forma da “realidade que ele criou”. Para agüentar o frio, a fome, a falta de higiene, tem que estar com as percepções distorcidas. Por isso, muitos usam algum tipo de droga.

Existe alguns abrigos sociais nas cidades grandes que acolhem essas pessoas. Ate clinicas de dependentes químicos acolhem alguns moradores de rua que aceitam o tratamento.

O Problema é quando acaba essa ajuda social, não tem para onde ir, não tem família e acabam muitas das vezes voltando para rua. A rua não é uma escolha, é uma opção.

Para mim não é normal olhar para um ser humano dormindo na rua, isso sempre me choqua quando vejo. Eles são pessoas iguais a gente só que com menos sorte.


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