Falando sobre Bipolaridade - Depoimentos

Descobri que era bipolar aos 16 anos (em 1979), quando o Transtorno Bipolar Afetivo ainda era mal diagnosticado e chamado de Psicose Maníaco-Depressiva (PMD).
Em abril de 1979, após romper um namoro de quase três anos, entrei em profunda depressão e para sair dela, recorri às drogas (maconha, cocaína, álcool). Minha vida tornou-se um turbilhão, uma nau sem rumo e, para piorar, numa viagem de fim de semana à Angra dos Reis, tomei um ácido (LSD) que, segundo os psiquiatras consultados, detonou o surto psicótico.
Foram meses de tratamento em casa, assistida 24 horas por dia até que as coisas voltassem a fazer algum sentido.
Naquela época, no Brasil, ainda não se usava o carbonato de litío no tratamento. Após a fase de surto e euforia, entrei num longo e doloroso período de depressão. Para se ter uma idéia da gravidade, eu sequer atendia ao telefone. Passava minhas noites lendo ( de Marguerite Youcenar a Èrico Veríssimo, de Fernando Pessoa e Clarice Linspector a João Ubaldo Ribeiro. Enfim, li todos os livros que estavam ao meu alcance.
Com o passar do tempo e com a ajuda de amigos queridos e profissionais, consegui superar a fase depressiva, voltei a estudar, passei no vestibular e comecei a trabalhar. Consegui retomar a minha vida e voltei a ter um relacionamento sério e longo. Durante um período de aproximadamente 15 anos não apresentei nenhuma oscilação de humor digna de nota ou que indicasse um surto iminente. Por conta própria suprimi as drogas e tomava eventualmente um ou dois copos de cerveja - o surto deixa cicatrizes e uma ressaca moral monumental - porque  eu sabia que se bebesse além do limite, meu equilíbrio estaria em jogo.
Apesar disso, tinha vergonha de assumir ou dizer que era bipolar. Para mim, aquele surto lá em 1979 tinha sido um baita susto, mas já superado e que nada nem ninguém me fariam passar por aquilo de novo. É importante esclarecer que durante esses 15 anos eu não tomava nenhum medicamento para tratar a bipolaridade. Cheguei a achar que estava "curada".
Porém, ao romper um relacionamento de mais de 10 anos, já aos 33 anos de idade, tive um surto moderado, mas suficientemente intenso para preocupar a família. Nesta fase foi inevitável a perda do emprego, os gastos compulsivos, as dívidas e a busca de emoções nas noitadas do Rio. Claro que eu achava que estava ótima (a mania e a hipomania criam esta sensação de euforia, entusiasmo, onipotência e coisas afins), mas na verdade, estava péssima. Foi preciso muita insistência de parentes, ex-marido e amigos para que eu procurasse meu psiquiatra. Foi então que comecei, após um único bate-papo com meu médico, a tomar o lítio. Conseguimos - eu e meu médico - acertar a dosagem em cerca de um mês e ele me prescreveu  também o Rivotril para as noites mais agitadas. Após o início do tratamento passei por uma outra fase de depressão, porém bem mais branda que a primeira. E de lá pra cá, tomo apenas o lítio (eventualmente, 0,5 mg de Rivotril) e nunca mais tive outro surto.
Hoje, sou a primeira a perceber qualquer sinal de oscilação patológica de humor e procuro o meu médico para fazer algum ajuste na dose do remédio. Não tenho vergonha de dizer que tenho a doença - ao contrário, orgulho-me de ter sobrevivido, de ter enfrentado o problema e de viver sem medo e sem grandes sustos - e aprendi a conviver bem com ela. Atualmente, não me permito ser dominada por ela e, na medida do possível, tento dominá-la.
Enfim, o sofrimento, a culpa - porque a doença afeta toda a família em alguma medida -, a vergonha e o medo das recaídas ainda existem. Porém, também existe uma sensação de superação, uma vontade enorme de viver e de compartilhar minha experiência para tentar mostrar que o cérebro, como qualquer outro órgão, também adoece. O preconceito existe, mas ele precisa ser combatido e só conheço uma maneira: conhecendo e esclarecendo as infindáveis dúvidas que acompanham a bipolaridade. Realmente, ainda não tem cura, mas tem tratamento eficaz. Aceitar e tratar é a única forma que conheço de tentar ser feliz. Como me disse uma grande psiquiatra uma vez: "A bipolaridade é uma espécie de diabetis cerebral." Alguém tem vergonha de dizer que é diabético e que precisa tomar insulina pelo resto da vida? Acredito que o maior preconceito é do próprio doente. Combatê-lo é uma questão de vontade e entendimento. 
Em resumo, queria dizer que sou uma pessoa feliz, que aprendeu a conviver com a bipolaridade sem preconceito, que aceitou o tratamento para o resto da vida, que fez duas faculdades, uma especialização, que trabalha, produz, tem amigos, namorado e que...vive. Não deixo de fazer visitas periódicas ao médico, principalmente para medir as taxas de lítio e  fazer perfis renal e hepático porque o medicamento tomado de forma contínua exige este cuidado. E por último, quero deixar claro que o tratamento medicamentoso é apenas parte do tratamento. A psicoterapia é tão importante quanto o remédio por que só ela que te dará forças para reconstruir, para colar os cacos e seguir em frente. 
Aproveito para divulgar o blog escrito pela minha mãe, cuja experiência ela vem relatando em capítulos, porque acredito que a divulgação da minha história, sob o ponto de vista materno, pode ajudar muita gente. Eis o link do blog:http://quemebipolar.blogspot.com.br/

Obrigada 
Patrícia Junqueira

40 comentários:

márcio disse...

No início dos anos 90, depois de uma desilusão amorosa e problemas com minha tese de mestrado, me senti mal e fui diagnosticado com depressão por psicanalista. Fiz análise por uns 7 anos, até ser dado como curado. Em 2002 me separei e mudei de cidade, ficando distante de meus dois filhos, o que me faz sofrer bastante. Em 2003, ao chegar em minha casa a noite senti falta de ar e palpitação no coração. Fiquei desesperado, achando que era problema de coração. Fui para o pronto socorro, onde o médico me examinou e disse que meus sinais vitais estavam todos normais e que meu problema era emocional, encaminhando-me para um psiquiatra.
Ao chegar no psiquiatra, chorei bastante relatando a ele os problemas que vivia no trabalho. Diante do meu estado, o psiquiatra diagnosticou-me com depressão prescrevendo-me lexapro, que tomei por um ano, até sido considerado curado pelo médico. Vinha tendo desentendimentos contínuos no meu trabalho, que não cessaram com o meu tratamento, havendo me desentendido com três chefes, até que em 2006 após fazer apologia a Hitler e criticar o estado e a empresa que trabalhava na internet, fui demitido.
No início de 2007 fui aprovado em concurso público e ao assumir meu cargo, recusei-me a fazer curso de formação, alegando que por possuir doutorado não tinha necessidade de fazer o mesmo. Recusei-me a fazer relatórios de trabalho, conforme padronizado pelo órgão, insistindo em fazer um relatório segundo os “meus conhecimentos”. Desintendi-me com um chefe imediato e me recusava a entrar na mesma sala que ele. Fui chamado ao gabinete do superintendente, onde me ofereceram a oportunidade de fazer um “tratamento mental”, o que recusei prontamente, achando que eu tinha razão.
Fui então indiciado em comissão de sindicância, em dezessete itens. A comissão concluiu que antes de se aplicar qualquer sanção, eu deveria passar por laudo de sanidade mental. Bati boca com o presidente da comissão de sindicância, me negando a aceitar as conclusões da comissão. Como na cidade que resido há poucos psiquiatras e os mesmos se negaram a elaborar um laudo, fiquei 3 anos carregando esta comissão nas costas, não acreditando que tinha qualquer problema e ao mesmo tempo temendo pelo meu emprego. Cheguei a discutir com o superintendente do órgão, quando ele me ameaçou de prisão, no que lhe respondi, estendendo os braços em posição para algemar, que me prendesse.
Comecei a não dormir direito e a beber bastante, inclusive quando não tinha algo para fazer no órgão, saia para beber durante o horário do expediente. Discutia muito com minha mulher por ciúmes, falava mal aos berros da cidade em que morava, criticando da mesma forma seus políticos e a igreja. Minha mulher mais tarde me confessou que pensou em me internar nessa época.
Por fim, o órgão que trabalho passou por uma intervenção em função de corrupção. Foi nomedo um interventor vindo da sede do Ministério em Brasília. Postei num blog do sindicato que eu não iria me submeter ao “laudo de merda” que a comissão de sindicância exigiu. O interventor me convocou para uma conversa, onde rispidamente me alertou para as consequências caso não me submetesse ao laudo.
Com meu emprego ameaçado, aceitei ir à Brasília, acreditando não possuir problema algum. Ao ser examinado pelo médico, tentei expor minhas motivações e razões, mas em vez de ter um ouvido para minhas lamentações, vi um profissional analisando minhas atitudes e no final me dignosticando como bipolar.
Aceitei fazer o tratamento, nem tanto por aceitar-me com algum problema, mas mais por ter meu emprego ameaçado. Fui então colocado sob licença médica e iniciei o tratamento. No decorrer do tratamento tive depressão, que foi tratada com anti-depressivos.
Hoje, retornei ao trabalho, não tenho mais problemas no trabalho e minha mulher afirma que eu sou outra pessoa. Contudo, sinto que não tenho o mesmo prazer em fazer certas coisas como tinha antes e fico me perguntando se isto é efeito colateral da medicação ou se isto vai se normalizar no futuro¿

Mente inquieta disse...

Márcio isso vai se normalizar no futuro.
Depois de um tempo, que a gente faz o tratamento adequado para o nosso diagnostico, as crises tendem a diminuir ate um dia desaparecer. Mesmo antes delas desapareceram a gente volta a ser estável. Os primeiros tempos de estabilidade são bastante perceptíveis para as pessoas em nossa volta, embora estejamos melhores a gente as vezes se encontra desanimado, não tendo a mesma força de vontade que antes. É como se tivesse diminuído os prazeres em fazer certas coisas. Mas, isso também melhora com o tempo. É claro que vc não será a mesma pessoa de antes, pois independente de transtorno ninguém é a mesma pessoa que antes, com o tempo todas as pessoas mudam. Mas, não se preocupe, vc vai voltar a ter mais prazer em fazer as coisas e provavelmente ate descobrir novos prazeres na vida. Abraços e Boa sorte!

David Coutinho disse...

Interessantíssima sua história! Tenho um caso parecido na família e procuro aprender um pouco sobre o assunto...

Abraços!

Márcio Costa disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Adriana disse...

Hoje abri meu e-mail e vi essa página "MENTE INQUIETA".Foi muito importante pra mim ler todos esses testemunhos e a opinião do blogueiro.
Sempre me senti uma pessoa diferente,mas mesmo sendo elogiada pelas pessoas ,na escola e familiares como uma pessoa muito inteligente sempre me senti incapaz de realizar muitas coisas,me privava de fazer esportes na escola por achar que não teria êxito,me sentia inferior e incapaz ,mesmo morrendo de vontade de me juntar aos colegas,sempre tinha uma desculpa ..uma vez cheguei a pegar atestado médico pra não fazer Educação Física por me sentir incapaz.Venho de uma família de pessoas muito falantes mas muito simples,por isso o fato de falar muito e rápido me parecia normal.Casei-me com 16 anos ,tive 2 filhos do 1º casamento,que durou 10 anos.Na ocasião da separação tive minha primeira crise,passei por um turbilhão ,tentei suicídio,as pessoas diziam que eu estava fazendo chantagem,minha vida nunca mais foi a mesma.Relutei em ir ao psiquiatra porque meus irmãos diziam ser médico de doido e cheguei a ouvir minha mãe conversando com vizinhos sobre me internar num hospício e eu sabia que não estava louca ,mas não conseguia explicar o que sentia.Numa dessas das crises minhas irmãs fizeram minha mãe(que morava em baixo da minha casa)muda-se me deixando sozinha desempregada e sem recurso nenhum.
Nesse período um rapaz que tinha interesse em mim e que eu já tinha namorado me procurou e fomos morar juntos; já estamos juntos a 15 anos e temos uma filha.Meus filhos do 1º casamento foram morar com a avó paterna;apesar de nos amarmos nosso relacionamento se desgastou por causa de tudo o que passamos.Nesses anos todos fui diagnosticada com Depressão,tomei vários antidepressivos ansiolíticos,tive crise de pânico sem saber o que era,enfim...parecia que a morte e a loucura me cercavam.Somente no ano de 2012 fui a um psiquiatra indicado por um pastor amigo da família.Foi então que ele me diagnosticou com Transtorno Bipolar,passou Carbolitim e Lamitor,que tomo até hoje,mas nesse período tive outra crise ainda esse ano,bem pior que no ano anterior mesmo tomando medicação coisa que não consigo compreender.Hoje estou muito isolada,meus parentes se distanciaram,estou desempregada e desestimulada de tudo,as coisas que antes pareciam prazerosas deixaram de ser.Passei a ter medo de viver no ambiente de trabalho,lidar com as pessoas e a s coisas mais cotidianas;chego a pensar que nunca mais vou poder ser uma profissional,ter uma vida normal.Já pensei em acabar com minha vida por me sentir um fardo para meu esposo e meus filhos,mas penso em Deus e por acreditar na imortalidade da alma,saber que as coisas não acabam aqui,me fizeram sempre recuar.Existem dias que estou melhor,outros pior principalmente nos dias chuvosos e frios,quando o tempo está nublado,cinza..não sei o quanto isso tem haver com a Bipolaridade.

Adriana disse...

Hoje abri meu e-mail e vi essa página "MENTE INQUIETA".Foi muito importante pra mim ler todos esses testemunhos e a opinião do blogueiro.
Sempre me senti uma pessoa diferente,mas mesmo sendo elogiada pelas pessoas ,na escola e familiares como uma pessoa muito inteligente sempre me senti incapaz de realizar muitas coisas,me privava de fazer esportes na escola por achar que não teria êxito,me sentia inferior e incapaz ,mesmo morrendo de vontade de me juntar aos colegas,sempre tinha uma desculpa ..uma vez cheguei a pegar atestado médico pra não fazer Educação Física por me sentir incapaz.Venho de uma família de pessoas muito falantes mas muito simples,por isso o fato de falar muito e rápido me parecia normal.Casei-me com 16 anos ,tive 2 filhos do 1º casamento,que durou 10 anos.Na ocasião da separação tive minha primeira crise,passei por um turbilhão ,tentei suicídio,as pessoas diziam que eu estava fazendo chantagem,minha vida nunca mais foi a mesma.Relutei em ir ao psiquiatra porque meus irmãos diziam ser médico de doido e cheguei a ouvir minha mãe conversando com vizinhos sobre me internar num hospício e eu sabia que não estava louca ,mas não conseguia explicar o que sentia.Numa dessas das crises minhas irmãs fizeram minha mãe(que morava em baixo da minha casa)muda-se me deixando sozinha desempregada e sem recurso nenhum.
Nesse período um rapaz que tinha interesse em mim e que eu já tinha namorado me procurou e fomos morar juntos; já estamos juntos a 15 anos e temos uma filha.Meus filhos do 1º casamento foram morar com a avó paterna;apesar de nos amarmos nosso relacionamento se desgastou por causa de tudo o que passamos.Nesses anos todos fui diagnosticada com Depressão,tomei vários antidepressivos ansiolíticos,tive crise de pânico sem saber o que era,enfim...parecia que a morte e a loucura me cercavam.Somente no ano de 2012 fui a um psiquiatra indicado por um pastor amigo da família.Foi então que ele me diagnosticou com Transtorno Bipolar,passou Carbolitim e Lamitor,que tomo até hoje,mas nesse período tive outra crise ainda esse ano,bem pior que no ano anterior mesmo tomando medicação coisa que não consigo compreender.Hoje estou muito isolada,meus parentes se distanciaram,estou desempregada e desestimulada de tudo,as coisas que antes pareciam prazerosas deixaram de ser.Passei a ter medo de viver no ambiente de trabalho,lidar com as pessoas e a s coisas mais cotidianas;chego a pensar que nunca mais vou poder ser uma profissional,ter uma vida normal.Já pensei em acabar com minha vida por me sentir um fardo para meu esposo e meus filhos,mas penso em Deus e por acreditar na imortalidade da alma,saber que as coisas não acabam aqui,me fizeram sempre recuar.Existem dias que estou melhor,outros pior principalmente nos dias chuvosos e frios,quando o tempo está nublado,cinza..não sei o quanto isso tem haver com a Bipolaridade.

PROF.AMADEU EPIFÂNIO+ disse...

Olá, gostaria que visitassem um outro Blog, que é de auto ajuda, que fala também de Bipolaridade, depressão e outros transtornos. Entenda melhor o que se passa. http://deondeparei.blogspot.com.br Espero que ajude. Obrigado.

PROF.AMADEU EPIFÂNIO+ disse...

Olá pessoal, gostaria de contribuir esses dois artigos de meu blog, que é de auto ajuda. Espero que realmente ajude. Valeu. http://deondeparei.blogspot.com.br/2014/04/transtorno-afetivo-bipolar.html http://deondeparei.blogspot.com.br/2014/03/transtornos-psiquiatricos-e-problemas.html

Anônimo disse...

Sou bipolar,fui diagnosticada a 4 anos,li seu depoimento,parece-me estar,passando pela fase depressiva,mesmo eu estando em tratamento,as recaídas,é inevitável mas hj,convivo bem com o problema,no início não aceitava,sou a favor da medicação e psicoterapia,lhe desejo boa sorte,e não deixe jamais de tomar os remédios.

isolda.38 disse...

Oi meu nome é Isolda tenho 38 anos e há um dia atrás fui diagnosticada bipolar. Confesso não foi muito agradável,pois desde os 15 anos tinha princípios de depressão rápidas e passava. Mas de fato depois tive vários períodos de depressão e outros sintomas. Aos 35 anos cai em um buraco que pensei vou morrer. Mas a fé de minha família e de meu marido me impulsionaram a dar continuidade, pois vieram os surtos, paranóias,agressividade, perdi o encanto pelo meu corpo e vida,engordei 18 kg e desacreditada do meu Deus, pois não aceitava tratamento dizendo que ele tinha que dar conta de mim ou me levar desta terra,pois o sofrimento mental era extremamente avassalador. Hoje Deus tem falado ao meu coração que sua cura não é simplesmente Papum, e sim processual ou muita das vezes ele deu conhecimento ao homem a fabricar a cura através de medicações e que podemos levar uma vida normal e tranquila quando aprendemos a descansar nele. Oro e tomo meus remédios e se Ele quiser vou largar os remédios ou simplesmente conviver normalmente se essa for a vontade dele. O que me importa é ser feliz e fazer pessoas felizes comigo através do meu relato. Bjs a todos.Meu email: isolda_auzier@hotmail.com.

isolda.38 disse...

Oi meu nome é Isolda tenho 38 anos e há um dia atrás fui diagnosticada bipolar. Confesso não foi muito agradável,pois desde os 15 anos tinha princípios de depressão rápidas e passava. Mas de fato depois tive vários períodos de depressão e outros sintomas. Aos 35 anos cai em um buraco que pensei vou morrer. Mas a fé de minha família e de meu marido me impulsionaram a dar continuidade, pois vieram os surtos, paranóias,agressividade, perdi o encanto pelo meu corpo e vida,engordei 18 kg e desacreditada do meu Deus, pois não aceitava tratamento dizendo que ele tinha que dar conta de mim ou me levar desta terra,pois o sofrimento mental era extremamente avassalador. Hoje Deus tem falado ao meu coração que sua cura não é simplesmente Papum, e sim processual ou muita das vezes ele deu conhecimento ao homem a fabricar a cura através de medicações e que podemos levar uma vida normal e tranquila quando aprendemos a descansar nele. Oro e tomo meus remédios e se Ele quiser vou largar os remédios ou simplesmente conviver normalmente se essa for a vontade dele. O que me importa é ser feliz e fazer pessoas felizes comigo através do meu relato. Bjs a todos.Meu email: isolda_auzier@hotmail.com.

GIOVANNA disse...

Acabei de receber meu diagnóstico, e em meu segundo grande dia de total confusão, só tenho a agradecer o que estou lendo por aqui. Abç e OBRIGADA!!!

fabianne silva disse...

…gente só estou passando por aqui para deixar meu conselho, de todo meu coração e minha alma , eu peço a vcs que sofrem desses problemas, para buscarem ajuda medica. A CURA EXISTE !!! basta ter fé em Deus, e buscar ajuda. A medicina, esta aí para nos ajudar, a MEDICINA É UM DOM , É UMA BENÇÃO DE DEUS. Sofri durante 8 (oitoooo) anos , com tag/toc/depressão (tinha pensamentos horriveis, sensações horriveis, paralizantes, medos) só Deus sabe o quanto eu sofri, mas resolvi buscar ajuda médica e hj estou CURADA . Tomo fluoxetina a seis meses e já me sinto ótima… A CURA EXISTE !!! gentee busquem ajuda… pelo amor de Deus busquem ajuda médica, vcs vão se curar, acredite,pois eu me curei !!!!

Anônimo disse...

Bem... tenho bipolaridade desde que nasci. Mas fui diagnosticada há três anos atrás por preconceito meu. Tem sido uma longa jornada e já estou no terceiro psiquiatra e ele já não sabe mais o que me receitar. Só diz que meu caso é de internamento mas a família não aceita. Já fiz muitas loucuras. Saí com vários homens desconhecidos tirei várias fotos peladas que estão percorrendo por aí. Já fugi de casa. Já tentei me matar diversas vezes. Já quis e quero matar pessoas. Tenho um ódio incontrolável dentro de mim. Estou devendo horrores e não paro de gastar. Mesmo estando em depressão profunda. Pois meus gastos são minha saída momentânea pra sair da depressão. Mas só dura até passar o cartão. Depois escondo tudo e volto a ficar mais depressiva ainda. Minha história é muito longa e não dá pra contar tudo. Mas atualmente acho que estou surtada. Quero me drogar e morar no meio da rua. Quero matar alguém. Quero morrer hoje. Quero me queimar. Quero raspar minha cabeça. Quero me multilar. Estou com ódio do mundo e de mim. Não acho que tenho cura. A única solução é a morte. Minha mãe não entende e nem acredita na minha doença. Nem ela e nem quase ninguém dá minha família. Não sei mais a quem recorrer. Tentei até o cvv mas não consegui. Estou pirando. Tenho que morrer! Não aguento mais essa doença. Convivo com ela a minha vida toda. Tomo 14 comprimidos sendo 3 lítio e 2 rivotril de 2mg e mesmo assim n durmo direito. Nenhum remédio faz efeito. Minha oscilação de humor dura dez minutos. Não tenho ninguém na minha vida. Me afastei de todas. Vivo em estado vegetativo em cima de uma cama. Estou afastada do trabalho a mais de um ano isso se não tiver dois anos. Não gosto de nada. Nem de ninguém. Tenho medo de tudo. Me odeio. Se alguém souber uma forma de se matar rápido me avisem.procuro sempre na Internet pelo telefone pq n posso pegar em computador que quero quebrar. Já li muito sobre bipolaridade e tudo o que eu li 90% dos sintomas eu apresento ou já fiz. Falta às drogas. Por enquanto é só.

Anônimo disse...

Sinceramente já tomei todos esses remédios que vcs relatam. Nada funciona. Não acredito mais na cura.

Wal disse...

Então... Percebi que existia algo de errado comigo após minha primeira separação em 2003 e fui diagnosticado um ano depois. De lá pra cá já acumulei dois divórcios, empregos perdidos, brigas, discussões, abuso de drogas, tentativas de suicídio e etc.
No momento estou saindo de uma crise e tomando lítio por conta própria (passei em vários médicos, mas acho que nunca fiz um tratamento decente) e irei ao médico amanhã... Essa última crise foi a pior... não pela intensidade e sim pelo meu cansaço de passar novamente por uma baita ressaca moral, vergonha, constrangimento e principalmente medo. Estouorando em uma cidade pequena (o que agrava a ressaca moral) e tenho vergonha pelo que fiz e falei, do que lembro e principalmente não lembro, do que usei e onde andei.... E temo pela repercussão .... Não consigo andar na rua (isso quando me atrevo a sair) sem sentir vergonha, parece que todos me olham e analisam.... Temo também em perder o emprego, sou concursado (período probatório) e mais uma vez ver minha vida ir por água abaixo... Só de tirar licença médica com CID de bipolaridade me faz querer jogar tudo pró alto.... Tenho vontade de morrer, mas morrer "de boa", não por coitadices e sim por cansaço... Estou cansado de ser eu....

postagem minhaa disse...

Eu fui diagnósticado há 1 ano e não sei mais o que fazer pois minha familia não tem condições nenhuma. Tem dias q eu to tranquilo mas tem dias que eu não consigo mais me suportar, so faço chorar e isso pra mim é tudo estranho mesmo tendo isso desde criança, ja tentei o suícidio varias vezes mas algo sempre me impede, ja cheguei a perde a fé, ja cheguei a menisolar de todos e hoje estou assim desolado sem ninguém e nem mesmo condições para comprar os medicamentos, é tudo muito horrível
Eu cansei e ninguém me entende, ninguem sabe pelo oq eu pasdo e muito menos pelo oq eu sinto eu so quero acabar com isso pq nao suporto mais, essa tristeza de repente, uma alegria extrema do nada é tudo tão confuso e sem sentido, eu sinto que logo logo tuso

Mente inquieta disse...

Boa Noite Postagem minha!

A Rede publica oferece tratamento gratuito, na sua cidade deve haver pelo menos algum hospital ou clinica publica que atenda psiquiatra gratuito.

Com relação a medicação o SUS já oferece alguns remédios psiquiátricos gratuitos.
http://abrata.org.br/blogabrata/?p=1852

Se informe na secretaria de saúde da sua cidade!
Além dos remédios do SUS tem as farmácias populares!
Procure informações na sua cidade! A secretaria de saúde geralmente tem essas informações!
Não deixe de se cuidar, tomar as medicações, pois a doença é progressiva, pode piorar e quando a gente está doente atrapalha todas as áreas da nossa vida!
Mas, se vc fizer o tratamento certinho, uma hora vc estabiliza e passa a ter uma vida normal e a viver bem, mesmo com a doença, pois ela vai esta controlada!

Abraços

Unknown disse...

Não sei se sou bipolar. Sei sinto angustias profundas as vezes, ou vezes sinto medo de tudo. Sinto dores por todo o corpo, sinto meus rígidos e doloridos. Há dias que não consigo desenvolver minhas atividades rotineiras... Vontade de sair deste mundo, muitas vezes eu sinto, vontade de desintegrar sumir no como poeira.Fui ao medico que me receitasse Clonazepan e fluoxetina.

Socorro, luz....luz...

Unknown disse...

faço tratatamento pra depressão a 7 anos ja tinha passado por vários medicos no ano passado o medico me deu alta mais eu continuava na mesma...ficava varios dias sem ir trabalhar passava o tempo todo...resolvi procurar outro medico...oq o outro medico em 2anos não descobriu ...o atual em 3 consultas descobril q eu sou bipolar e estou melhorando com a ajuda do litio ainda esta sendo dificil pra pra mim as vezes fico deprimida tenho vontade de abandona tudo...mais meu medico esta me ajudando muito...então estou me esforçando...boa sorte a todos...bj

Unknown disse...

meu querido não sei se adianta a gente fala alguma coisa mais eu sei como é sou bipolar f parece q ninguem entende a gente...e pior é q as pessoas podem se afastar da gente...mais e gente ...somos obrigado a nos suportar ...desejo. q vc fique bem

Anônimo disse...

Nao eh nada facil.

TRMB disse...

Olá

Desde já posso adiantar que sou portuguesa e envio este testemunho de Lisboa, e por isso algumas palavras vocês podem vir a não compreender mas penso que a ideia em geral pode ficar percetível.
Tive o meu primeiro surto com 18 anos. Nunca esperei passar por uma coisa destas. Se alguém do futuro me viesse contar isto quando eu tinha 17 por exemplo, eu teria fugido para muito longe, ainda assim o destino poderia me perseguir, eu não sei. Ninguém sabe não é? Enfim... Numa festa de fim de ano da escola eu estava bebendo um copo, e fumando umas drogas como vocês chamam aí de maconha e assim... Só que mais tarde nos exames que me fizeram me diagnosticaram que eu tinha sido envenenada com Ketamina sem saber. Ou seja, alguém por alguma instância teria colocado esta droga no meu copo. Eu não me recordo de nada, só de alguns flashs... Não vou relatar tudo... como vocês devem imaginar passei por muito... acordei muito dolorida fisicamente, mas o meu maior mal acontecei daí em diante. Surtei pela primeira vez no dia seguinte. Tive visões, ouvia vozes, pensava que o rádio estava a passar músicas dedicadas a mim por outras pessoas, que a televisão tinha uma câmera, que os vizinhos estavam nas janelas me espiando...Fui internada por dois meses. Tive fases estáveis por conta da medicação, mas logo parava porque eu não queria aceitar a minha condição. Então surtei mais duas vezes. Uma delas estava viajando em Londres. Distorci completamente a realidade, as placas de direcções estavam com as letras trocadas, vi pessoas virem falar comigo, apanhei um trem errado para o norte sem dar conta, fui internada lá enviada para o meu país de emergência... O choque foi tanto que finalmente aceitei... Faço um tratamento seguido, medicação, psicoterapia, poucos amigos mas muito positivos, uma vida muito regrada com as minhas sagradas horas de sono, quize minutos de meditação, quando não posso meditar em casa vou meditando no bus a caminho do emprego. há uma semana atrás deprimi um pouco e fiquei por casa. Graças ao universo a minha chefe teve a melhor das compreensões e me deu o maior apoio, não teve estigma para comigo. Agora estou em força novamente. Mas assim, certas pessoas falam que eu já não tenho o mesmo brilho no olhar. E eu sei que não. Que ele voltará com o tempo. Eu não sinto o mesmo prazer com certas coisas, eu estou procurando ter vontade para as coisas mas certas situações já não me surpreendem... Estou cansada de sofrer. Mas a música, a leitura, uma ida ao teatro ou ao cinema me elevam um pouco mais.
Enfim... resumindo. Um dia de cada vez.

Se alguém algum dia precisar de trocar alguma ideia ou precisar de ajuda podem contactar. Assim que puder estarei disponível para apoiar no que for preciso.

Anônimo disse...

Eu odeio ser bipolar :(

Unknown disse...

Meu nome é Elenita, tenho 43 anos e há 6 meses fui diagnosticada com bipolaridade. Há 1 ano e meio faço tratamento para depressão recorrente, tomei várias medicações e até o momento nenhuma surtiu efeito. Vou na psiquiatra e psicóloga com frequência mas nada funciona. Desde os 15 anos sou bipolar, só que nunca tratei, achavam que era minha personalidade, que eu queria aparecer ou que inventava histórias. Ouço vozes, vejo vultos, quando saio e sempre acompanhada, acho que todos na rua estão falando sobre mim, consigo mudar a cor do sinal de trânsito para vermelho e atravessar na hora que quero, acho que tem alguém querendo meus pensamentos. Tentei o suicídio por 5 vezes, já fui internada 7 vezes e até agora nada resolveu. Atualmente tomo a medicação carbamazepina, depakene, imipramina, citalopram e risperidona e mesmo assim não sinto diferença, a vontade de me matar continua e as vozes não somem, são sempre duas falando sobre mim, entre elas e quando falam comigo só falam coisas ruins, para que eu tente me matar. No dia 27/01 irei no Caps, que é um local aqui no Rio de Janeiro do governo onde tem tratamento intensivo, fui encaminhada para lá pela minha médica do sus. Às vezes penso em sumir, ir andando sem rumo, sem chão. Já cansei de tomar remédio, tomo sempre, nas horas certas mas nada funciona. Minha psiquiatra mexeu na dosagem agora dia 09/01, e disse que tenho que esperar para ver o efeito porque demora no mínimo 1 mês. Estou tão cansada que nem sei mais para onde ir, o que fazer.

Mente inquieta disse...

Elenita,

A sua psiquiatra tem razão, quando mexe nas dosagens tem que esperar um tempo para fazer efeito. Geralmente começam a fazer efeito a partir de 15 dias.
O que vc descreve de ver sinais ouvir vozes são sintomas psicóticos.
Podem ser tratados com um antipsicóticos . Vc já toma o risperidona , mas talvez seja melhor tentar outro.
Eu Tomo o Quetiapina é um ótimo antipsicótico.

Infelizmente a doença mental leva anos para se estabilizar. Tem gente que leva 2 ou 3 anos, tem gente que leva 6 anos, tem gente que só tem uma única crise, cada caso é um caso. Essa demorar para vc " acertar com o tratamento" é normal, pois infelizmente ocorre na maioria dos casos.

As dicas que eu te dou são:

- Procurar um bom psiquiatra, mas não adianta ter um bom medico e esconder as coisas dele, deve- se falar tudo para ele;
- Seguir o tratamento correto. Se não dê certo o remédio troque por outro. Espere mais um tempo, se não de certo, troque. Se for preciso Troque de médico. As vezes um médico é ótimo para uma pessoa, mas para o nosso caso não acerta. Então ache um que acerte;
- Faca sempre terapia ajuda muito a desabafar e orientar a nossa mente que nos prega peça;
- Para a gente ter Equilíbrio precisamos cuidar do Corpo, da Mente e do Espirito.
- Cuide de verdade da Espiritualidade, não negligencie essa área. A Doença mental é espiritual tb.
Cuidar do Espirito é cuidar do seu contato com Deus. A forma como vc vai fazer isso, que religião vai seguir é uma decisão pessoal.
Lembre-se: Embora todos têm que cuidar da Espiritualidade, mas a gente que é psicótica, pois Eu tb tenho psicose (Pessoas que vê sinais, ouve vozes, etc.) Temos a obrigação maior de cuidar da Espiritualidade.

Por que?

Pois quando temos sintomas psicóticos quer dizer que vivemos experiências de estados de alterados de consciência. Somos mais sensíveis que as outras pessoas, é como se tivéssemos mais portas abertas.
A Medicina tradicional não trata disso. Tomar só o antipsicótico não é suficiente. Ter rotina, cuidar da parte física, fazer terapia ajuda, mas tb não é suficiente.
Para tratar da psicose vc tem que cuidar do Espiritual tb! Fazer isso paralelo ao tratamento convencional! Pois, a psicose está muito ligada a espiritualidade!

Eu estou ha 9 anos estável, sem crise. Pois, procuro cuidar de mim como um Todo!

Forte abraço!
Boa sorte

Anônimo disse...

Tenho um noivo bipolar, faz 1 ano e 10 meses que estamos juntos, ele já teve crises umas três vezes mais dessa ultima vez foi a pior, eu não sabia que ele tinha esse problema vim descobrir este ano, a família dele sempre me falava que era depressão, mais eu sempre achei muito estranho, pois nesse 1 ano e 10 meses juntos ele já terminou comigo umas 6 vezes, e eu como o amo sempre voltei, mais agora que eu descobrir que é transtorno bipolar, quis mais ajudar ele, mas não sei por onde começar, já tínhamos marcado a data do nosso casamento, mas por cauda dele tive que cancelar, foi pra mim muito triste, mais em fim, estamos juntos, porém estou me sentindo perdida, parece que o meu sentimento por ele esfriou, somos evangélicos, já coloquei nas mãos de Deus mais ainda me sinto perdida, da muita vontade de desistir.

Unknown disse...

CONFLITO
Por onde eu ando? Por vários lugares, só não tenho certeza de onde eu estou. Geralmente não sei a onde estou.
Não sei nem se o céu esta na terra ou se a terra é o céu.
Não sei se o inferno esta na terra ou se a terra é o inferno.
Só sei quando ando por ela, não tenho certeza de onde eu estou.
Quando penso que estou no inferno abre-se diante de mim uma porta que ilumina meu caminho.
Quando penso que estou no paraíso abre-se perante a mim um tremendo de um abismo.
A onde eu estou? No céu? No inferno?
Ou estou dentro de mim mesmo?
Pedro Reynaldo Junior.

Unknown disse...

Fui diagnosticado com transtorno bipolar e borderline e conforme o médico 9 HA UNS 3 ANOS PARA CA) possivelmente(80%) TDAH adulto ele disse que é raro ter esses tres juntos mas pelo que eu pesquisei todos os sintomas TDAH batem comigo. imaginem como é viver com essas doenças é terrivel mas não impossivel.

Aos 12 anos fui ao médico com crise e ele falou para minha mãe que era falta de surra!!! então só voltei ao médico no auge das crise aos 24 e fui diagnosticado com Transtorno bipolar e borderline aos 25 anos mais ou menos. e dai por diante durante 10 anaos vivia no hospital 10 dias em casa 20 internado e assim foi. cheguei a tomar 27 comprimidos por dia no hospital de itapira. hoje eu estou controlado faz uns 3 anos que eu não tomo mais remédios, vivo numa briga intensa para não entrar em crise mas estou conseguindo. graças ao apoio da minha esposa.

por isso estou tentando escrever um livro (HISTÓRIA DE UM LOUCO) sobre tudo isso mas não só sobre como é dificil e doloroso viver com esta doença mas como ´é sofrido e penoso e quase impossivel a mulher e filhos viver com alguém assim.

Gostaria de familiares que vivem com pessoas assim mandar seus relatos para que eu possa coloca em meu livro e assim poder ajudar outras pessoas. mande também a sua autorização para eu usar o seu depoimento.

Anônimo disse...

Oiii Bipolaridade não tem cura infelizmente podemos controlar com estabilizador e com calmantes tipos Rivotril.....procure um médico especialista e converse pq é uma doença gravíssima e tem que cuidar .....

Anônimo disse...

Talveis louco mais porém feliz ❤🙏

Anônimo disse...

Talveis louco mais porém feliz ❤🙏

Anônimo disse...

Talveis louco mais porém feliz ❤��

Anônimo disse...

Oiii Bipolaridade não tem cura infelizmente podemos controlar com estabilizador e com calmantes tipos Rivotril.....procure um médico especialista e converse pq é uma doença gravíssima e tem que cuidar .....

Carla disse...

Eu tenho 29 anos e uma filha de 10 anos . É muito complicada para ela entender como é ter uma mãe bipolar. Eu fui diagnosticada aos 24 anos eu passei esse ano dentro do quarto comia de três em três dias. Não conseguia me levantar nem conversar não queria ver ninguém era uma prisão dentro de mim eu perdi 10 quilos . Estava na casa da minha mãe ,mas ela passava o dia fora e quando chegava tinha namorado dela , ela não sabia como me ajudar. Minha filha vinha fins de semana eu não conseguia ficar com ela. Ela morava com a avó paterna. E o meu ex é do exército morava no norte. Aquele inferno de os dias ser a mesma coisa me destruía e eu dormia o dia todo acordava a noite é ficava nisso.ate que eu decidi tirar minha vida tomei muitos remédios não sei oq foi mas não aconteceu nada , então decidi não comer mais. E tive um sonho que no qual fui ao vale dos suicidas era dividido por etapas cada morte em aulas. E um guia do sonho falava que parar de comer e beber água também era suicídio.acordei assustada tinha que mudar aquilo eu me esforcei para comer ,mas meu estômago fechou fui ao médico ele passou alguns remédios pediu exames e devagar fui levantando. Porém, eu nunca aceitava que era bipolar. E sempre quando me estabilizava parava de tomar lítio. É a pior coisa. Eu já deixei faculdade de ciências sociais, direito e emprego também. É complicado lhe dar conosco. O mundo fica colorido depois cinza. A comida tem gosto depois não tem.porem, além dos remédios buscar espiritual é crucial.hoje tou em crise mas, eu tenho consciência que preciso dos remédios. Hoje eu cuido da minha filha e estou indo embora morar com pai dela . Mas, eu já tinha tentado em 2012 e 2014 e porcausa dos surtos vim embora. Eu acredito que agora vai dá certo.e mesmo com nossa condição podemos buscar nossa evolução e devemos. Temos dois caminhos a doença vence ou nós vencemos ela.

Anônimo disse...

olá, meu nome é Maria, tenho 32 anos e passei por três surtos bipolares. A primeira crise foi quando tinha 16 anos e fui diagnosticada com depressão com quadro psicótico. Tive alucinações, mania de perseguição e ideias irreais. Sofri muito porque morava numa cidade pequena, no norte do país. Muitas pessoas me olhavam com desdém e senti preconceito na escola. Passado alguns anos, tive outra crise, que foi em decorrencia de abuso de drogas: alcool, maconha e cocaína. Dessa vez, atendida por outra médica, foi sugerido bipolaridade. Então passei a tomar lítio, fazer psicanálise 2 vezes na semana e voltei a estudar. Conclui a graduação e o mestrado. Fui morar no Rio de Janeiro, tive 2 empregos,fiz amigos, explorei novas experiências. Porém, com as exigências da vida adulta em relação a trabalho e dar conta de mim, fui piorando, ficando crítica ao estilo de vida moderno, principalmente em relação a exploração no trabalho. Voltei pra minha cidade muito melancólica, voltei a tomar antidepressivo, depois de 7 anos sem medicação. Daí, tive a pior de todas as crises por que novamente usei excessivamente maconha e alcool. A pior crise foi aos 30 da qual precisei ser internada. Ainda estou tentando me reerguer porque não consegui retomar minha vida profissional. Estou fazendo terapia e tomando a medicação recomendada. Eu espero reestruturar minha vida pois não é nada fácil conviver com este diagnótico.

Anônimo disse...

Celia Boa tarde. As constantes mudancas de humor trazem um gde desconforto emocional.Sabemos que não é fácil. Convívio com uma bipolar é tentei de todas as formas da continuidade, mas infelizmente não suportei.Foi mto sifrimento. Tinha hs que me sentia o próprio doente. Optei por sair por me sentir totalmente desconexo dentro da relação.Extremanente dificil o convívio pela superposicao de valores. Nas crises somos descartados. Não representamos nada. peço a Deus que te conduza nos momentos de gdes oscilações.Oaz e bem.

Anônimo disse...

A bipolaridade é mto cruel. Destrói o que o ser humano tem de melhor. O sentimento,paz,alegria,prazer pela vida,relacionamentos,amizades, enfim a essencia do prazer humano.

Anônimo disse...

Nao quero desanima-la.Mas peça a Deus forças pois sera mto dolorosa a sua jornada. Terás dias de luz e brilho mas tb teras mtos dias de trevas.Melhor seria ajudar sem se relacionar.Boa sorte. Fica c Deus

Anônimo disse...

Olá, fui diagnosticada com bipolaridade tipo II à alguns anos, em torno de 4 ou 5, nesse período, passei por crises agudas de Mania, de hipomania, e de depressão, minha mania iclui episódios psicóticos, em que fico bem instável, irritada, e chego a ver "coisa" (alucinações ou/e delírios) não sei exatamente. Quando a Mania piscótica passa, eu ia lá para o fundo do poço, num lugar de desolação, nesse momento de depressão eu tenho o discernimento, e sou capaz de olhar para o momento de Mania e ver quão fora do eixo eu estava. Foi um longo caminho de auto-conhecimento, um processo interno de aceitação da condição, da necessidade da medicação (estava muito resistente em aceitar a doença e a necessidade de tomar remédio pelo resto da vida).
É difícil quando você vai em um médico, vai em outro, e todos dizem, "você vai ter que tomar remédio para o resto da vida", isso meio que choca, e deprimi muito. Então além de lidar com as crises e suas consequências, uma vergonha de querer sumir do planeta e muita culpa, tem que lidar com o fato que é incurável, uma doença crônica. No começo, foi muito difícil e eu entrei em auto-negação.
Mas no ano de 2017 em meio a crise, encontrei uma Clínica que oferece um tratamento bem completo, de Psiquitria, terapia e terapia ocupacional, que vêm me ajudando muito.
Aprendi a diferença entre ser portador e estar doente. Pois se entendi um portador que está se cuidando e não manifesta sintomas, está numa situação equiparável à uma pessoa "saudável". A questão é, por mais que seja difícil, é preciso usar medicação, pelo menos por um tempo, é preciso ter rotina, não usar drogas, ter boa alimentação e praticar atividade física, enfim, tirando os remédios, uma pessoa saudável precisa do mesmo paraa ter uma vida equilibrada.
Hoje não estou mais em auto-negação e nem sintomática, estou entrando num período de estabilidade e levando o tratamento a sério, o mais difícil agora é o preconceito, de quem não compreende a doença. Creio que dias ruins e bons todos os temos, mas como doença crônica a bipolaridade é vencida diariamente. É difícil, mas não é impossível ter uma vida estável e saudável, e o mais normal possível.